Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maçonaria/Francomaçonaria |
O Esquadro e Compasso Maçônico
(encontrada com ou sem a letra G) |
Lema |
"Igualdade, Liberdade, Fraternidade" |
Membros |
6 milhões (aproximadamente) |
Maçonaria, forma reduzida e usual de
francomaçonaria,
1 é uma
sociedade discreta
e por essa característica, entende-se que se trata de ação reservada e
que interessa exclusivamente àqueles que dela participam.
2 3 4 De caráter universal, cujos membros cultivam o
aclassismo,
humanidade, os princípios da
liberdade,
democracia,
igualdade,
fraternidade5 6 e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação
iniciática e
filosófica.
A maçonaria é, portanto, uma
sociedade fraternal,
7 que admite todo homem livre e de bons
costumes, sem distinção de
raça,
religião,
7
ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o
candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a
família, possua um
espírito filantrópico e o
firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição,
7 aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.
Os maçons estruturam-se e reúnem-se em
células autônomas, designadas por
oficinas,
ateliers ou (como são mais conhecidas e designadas)
lojas.
Existem, no mundo, aproximadamente 6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 (58%) nos
Estados Unidos, 1,2 -(22%) - no
Reino Unido e 1,0 (20%) no resto do mundo. No
Brasil são aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %) e 4 700 Lojas.
[carece de fontes]
História
O nome "maçonaria" provém do francês
maçonnerie, que significa "construção", "alvenaria", "pedreira".
8 O termo maçom (ou maçon), segundo o mesmo Dicionário, provém do inglês
mason e do francês
maçon, que quer dizer 'pedreiro', e do alemão
metz, 'cortador de pedra'. O termo
maçom portanto é um aportuguesamento do francês; maçonaria por extensão significa
associação de pedreiros (por extensão
, "obreiros").
Estudiosos e pesquisadores costumam dividir a origem da
maçonaria em três fases distintas.
9 :
10
- Maçonaria Primitiva 10
- Maçonaria Operativa 11
- Maçonaria Especulativa 12
Maçonaria Primitiva
A
Maçonaria Primitiva, ou
"Pré-Maçonaria",
10 é o período que abrange todo o conhecimento herdado do passado mais remoto da humanidade até o advento da
Maçonaria Operativa. Há quem busque nas primeiras
civilizações a origem iniciática. Outras buscam no
ocultismo, na
magia e nas
crendices primitivas a origem do sistema
filosófico e
doutrinário.
Tantas são as controvérsias, que surgiram variadas correntes dentro da
maçonaria. A origem mais aceita, segundo a maioria dos historiadores,
13 é que a
Maçonaria Moderna descende dos antigos construtores de igrejas e catedrais, corporações formadas sob a influência da Igreja na
Idade Média.
11
É evidente que a falta de documentos e registros dignos de crédito,
14 envolve a maçonaria numa penumbra histórica, o que faz com que os fantasistas, talvez pensando em engrandecê-la,
14 inventem as histórias sobre os primórdios de sua existência.
14 Há vertentes afirmando que ela teve início na
Mesopotâmia, outras confundem os movimentos religiosos do
Egito e dos
Caldeus como sendo trabalhos maçônicos. Há escritores que afirmam ser o
Templo de Salomão o berço da Maçonaria.
15 16
O que existe de verdade é que a Maçonaria adota princípios e conteúdos filosóficos milenares,
14 que foram adotados por instituições como as "
Guildas" (na
Inglaterra),
Compagnonnage (na
França),
Steinmetzen (na
Alemanha).
O que a Maçonaria fez foi adotar todos aqueles sadios princípios que
eram abraçados por instituições que existiram muito antes da formação de
núcleos de trabalho que passaram à história como o nome de
Maçonaria Operativa ou de Ofício.
17 18
Maçonaria Operativa
A origem perde-se na
Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas,
11 ou seja associação de cortadores de pedras verdadeiros, que tinha como ofício a arte de construção de castelos, muralhas etc.
Na
Idade Média
o ofício de pedreiro era uma condição cobiçada para classe do povo.
Sendo esta a única guilda que tinha o direito de ir e vir. E para não
perder suas regalias o segredo deveria ser guardado com bastante zelo.
Após o declínio do
Império Romano, os nobres romanos afastaram-se das antigas cidades e levaram consigo camponeses para proteção mútua para se proteger dos
bárbaros. Dando início ao sistema de produção baseado na contratação servil Nobre-Povo (
Feudalismo)
19
Ao se fixar em novas terras, os nobres necessitavam de castelos para
sua habitação e fortificações para proteger o feudo. Como a arte de
construção não era nobre, deveria advir do povo e como as atividades
agropecuária e de
construção não guardavam nenhuma relação, uma nova classe surgiu: Os construtores, herdeiros das técnicas
romanas e
gregas de construção civil.
20
Outras companhias se formaram:
artesão,
ferreiro,
marceneiros,
tecelões enfim, toda a necessidade do feudo era lá produzida. A maioria das guildas limitava-se no entanto às fronteiras do feudo.
19
Já as
guildas dos
pedreiros 21 necessitavam mover-se para a construção das estradas e das novas fortificações dos
Templários. Os demais membros do povo não tinham o direito de ir e vir,
21
direito este que hoje temos e nos é tão cabal. Os segredos da
construção eram guardados com incomensurável zelo, visto que, se caíssem
em domínio público as regalias concedidas à categoria, cessariam.
21
Também não havia interesse em popularizar a profissão de pedreiro, uma
vez que o sistema feudal exigia a atividade agropecuária dos
vassalos19 20
A
Igreja Católica Apostólica Romana
encontra neste sistema o ambiente ideal para seu progresso. Torna-se
uma importante, talvez a maior, proprietária feudal, por meio da
proliferação dos mosteiros, que reproduzem a sua estrutura. No interior
dos feudos, a igreja detém o
poder político,
econômico,
cultural e
científico da época.
19
Maçonaria Especulativa
Em 24 de junho de 1717, na Inglaterra, é que tem origem a Maçonaria
atual e a partir dessa data, a Maçonaria começou a ser denominada de
"Maçonaria Especulativa". Corresponde a segunda fase, que utiliza os
moldes de organização dos maçons operativos
11 juntamente com ingredientes fundamentais como o
pensamento iluminista, ruptura com a
Igreja Romana e a reconstrução física da
cidade de Londres, berço da maçonaria regular.
22
Com o passar do tempo as construções tornavam-se mais raras. O
feudalismo23 declinou dando lugar ao
mercantilismo. Com consequência o enfraquecimento da
igreja romana. Havendo uma ruptura da unidade
cristã advindas da
reforma protestante.
24
Superada a tragédia da
peste negra que dizimou a população mundial, particularmente da
Europa, teve início o
Iluminismo no
século XVIII, que defendia e tinha como princípio a razão, ou seja, o modo de pensar, de ter "luz".
25
A
Inglaterra26 surge como o berço da Maçonaria Especulativa
12 regular durante a reconstrução da cidade após um incêndio de grandes proporções em sua capital
Londres em setembro de
1666 que contou com muitos pedreiros para reconstruir a cidade nos moldes
medievais.
Para se manter foram aceites outras classes de
artífices e essas pessoas formaram paulatinamente agremiações que mantinham os costumes dos
pedreiros nas suas reuniões, o que diz respeito ao reconhecimento dos seus membros por intermédio dos sinais característicos da
agremiação.
24
Essas associações sobreviveram ao tempo. Os segredos das construções
não eram mais guardados a sete chaves, eram estudados
publicamente.Todavia o método de associação era interessante, o método
de reconhecimento da maçonaria operativa era muito útil para o modelo
que surgiu posteriormente. Em vez de erguer
edifícios físicos,
catedrais ou
estradas, o objetivo era outro: erguer o
edifício social ideal.
12 24
Maçonaria e religião
A Maçonaria
Universal, regular ou tradicional, é a que professa pela via sagrada, independentemente do seu
credo religioso, trabalha na sua Loja sob a invocação do
Grande Arquitecto do Universo, sobre os
livros
sagrados, o esquadro e o compasso. A necessária presença de mais do que
um livro sagrado no altar de juramento, reflecte exactamente o espírito
tolerante da maçonaria universal e regular.
Grande Arquiteto do Universo, etimologicamente se refere ao principal
Planejador de tudo que existe, principalmente do mundo material
(demiurgo) independente de uma crença ou religião específica.
Assim, 'Grande Arquiteto do Universo' ou 'G.A.D.U.' é uma designação
maçônica para uma força superior, planejadora de tudo o que existe. Com
esta abordagem, não se faz referência a uma ou outra religião ou crença,
permitindo que maçons muçulmanos, católicos, espíritas e outros, por
exemplo, se reúnam numa mesma loja maçônica. Para um maçom de origem
católica, por exemplo, G.A.D.U. o remete a Deus, enquanto que para um
muçulmano se referiria a Alah. Assim as reuniões em loja podem congregar
irmãos de diversas crenças, sem invadir ou questionar seus conteúdos.
Judaísmo e Maçonaria
Logo após a ascensão de
Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco de desaparecer
Muitos dos princípios éticos maçônicos foram inspirados pelo
judaísmo27 ou melhor pelo
Antigo Testamento.
28 Os ritos e símbolos da maçonaria e outras sociedades secretas recordam: A reconstrução do
Templo de Salomão,
29 a
estrela de David,
29 o selo de
Salomão,
os nomes dos diferentes graus, como por exemplo: cavalheiro Kadosh
("Kadosh" em hebraico significa santo), Príncipe de Jerusalém, Príncipe
do Líbano, Cavalheiro da Serpente de Airain etc.
29
A luz é um importante símbolo tanto no judaísmo como na maçonaria.
"Pois o preceito é uma lâmpada, e a instrução é uma luz",
—Provérbios 6, 23.
|
Um dos grandes feriados judaicos é o
Chanukah ou
Hanukkah, ou seja o
Festival das Luzes, comemorando a vitória do povo de
Israel
sobre aqueles que tinham feito da prática da religião um crime punível
pela morte ali pelo ano 165 a. E. V. (Os judeus substituem o antes de
Cristo e o depois de Cristo pelo antes e depois da Era Vulgar). A Luz é
um dos mais densos símbolos na maçonaria, pois representa (para os
maçons de linha inglesa) o espírito divino, a liberdade religiosa,
designando (para os maçons de linha francesa) a ilustração, o
esclarecimento, o que esclarece o espírito, a claridade intelectual.
30
Outro símbolo compartilhado é o
Templo de Salomão.
30 Figura como uma parte central na
religião judaica, não só, por ser o
rei Salomão uma das maiores figuras de
Israel,
como o Templo representar o zênite da religião judaica. Na maçonaria,
juntou-se a figura de Salomão, à da construção do Templo, pois os maçons
são, simbolicamente, antes de tudo, construtores, pedreiros, geómetras e
arquitetos. Os rituais maçônicos estão prenhes de lendas sobre a
construção do
Templo de Salomão. Para os maçons existem três Salomões: o Salomão maçônico, o bíblico e o histórico.
30
Outro aspecto comum, têm-se os esforços positivos na maçonaria e no
judaísmo
para encorajar o aprendizado. A cultura judaica tem uma larga tradição
de impulsionar o maior número de judeus a se notabilizar pelo
conhecimento nas
artes, na
literatura, na
ciência, na
tecnologia, nas profissões em geral.
30
Durante séculos, os judeus têm-se destacado nos diversos campos do
conhecimento humano e o seu empenho em melhorar suas escolas e seus
centros de ensino demonstram cabalmente isto.
30 Digno de notar-se é que as famosas escolas talmúdicas - as
yeshivas vem do verbo
lashevet,
ou seja sentar-se. Deste modo para aprender é necessário sentar-se nos
bancos escolares. Assim, também, na maçonaria, nota-se uma preocupação
constante, cada vez maior, com o desenvolvimento intelectual dos seus
epígonos, no fundo, não só como um meio de melhorar a sua escola de
fraternidade e civismo como também para perpetuar os seus ideais e
permanecer como uma das mais ricas tradições do mundo moderno.
30
===
No início de 1934, logo após a ascensão de
Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco de desaparecer.
31 Segundo as estimativas do
Museu Alemão da Maçonaria em
Bayreuth, esta literatura constituía o núcleo da investigação maçônica. Uma biblioteca que crescia de forma exponencial. Em
1930, na Alemanha, a colecção maçônica situar-se-ia nos 200.000 livros..
32 Os nazistas saquearam, a Grande Loja da Holanda e a Grande Loja da Noruega. Ocorreu o mesmo na
Bélgica e em
França.
32
Os judeus eram vistos pelos nazistas como uma "ameaça" por seu suposto poder
econômico e pelas ideias que pregavam, como o liberalismo democrático.
28
A Maçonaria,liberal e democrática, pregando a fraternidade entre os
homens, assustava aos déspotas e fanáticos religiosos e políticos de
todas as correntes.
28
- Cronologia
- 10 de Dezembro de 1934 - A Grande Loja Simbólica da Alemanha, dissolvida por Hitler, suspende seus trabalhos na Alemanha e prossegue-os em Jerusalém e Sarrebrucken.
- 8 de Agosto de 1935 - Adolfo Hitler decreta a dissolução da Maçonaria na Alemanha.
- Os Templos maçônicos são saqueados, e muitos maçons alemães são presos e assassinados.
- A Grande Loja de Hamburgo recebe asilo da Grande Loja de Chile onde continua seu trabalho maçônico.33
- 1 de Janeiro de 1938 - O partido nacional socialista de Hitler lança um manifesto contra à maçonaria
Catolicismo e Maçonaria
A
Igreja Católica historicamente já se opôs radicalmente à maçonaria, devido aos princípios
supostamente anticristãos, libertários e humanistas maçônicos. O primeiro documento
católico que condenava a maçonaria data de 28 de abril de
1738. Trata-se da bula do
Papa Clemente XII, denominada
In Eminenti Apostolatus Specula.
34
Após essa primeira condenação, surgiram mais de 20 outras. O
papa Leão XIII foi um dos mais ferrenhos opositores dessa sociedade secreta, a qual designou de Reino de Satanás em 1884
35 , e sua última condenação data de
1902, na encíclica
Annum Ingressi,
endereçada a todos os bispos do mundo em que alarmava da necessidade
urgente de combater a maçonaria, opondo radicalmente esta sociedade
secreta ao catolicismo.
Apesar disso, há acusações sobre
Paulo VI e alguns cardeais da Igreja relacionarem-se a uma loja..
36
Entretanto, todas as acusações carecem de provas. A condenação da
Igreja é forte e não muda ainda que membros do clero tenham de alguma
forma se associado à sociedade secreta.
No
Brasil Império, havia
clérigos maçons e a tentativa de alguns bispos
ultramontanos de adverti-los causou um importante conflito conhecido como
Questão Religiosa.
37 38 O principal dos bispos antimaçônicos desta época foi
Dom Vital,
bispo de Olinda. Recebeu forte apoio popular, mas foi preso pelas
autoridades imperiais, notadamente favoráveis à maçonaria. Após ser
liberto, foi chamado a Roma onde foi congratulado pelo papa, SS Pio IX,
por sua brava resistência, e foi recebido paternalmente e com alegria (o
Papa, comovido, só o chamava de "Mio Caro Olinda", "Mio Caro Olinda").
Até
1983, a pena para católicos que se associassem a essa sociedade era de
excomunhão. Com a formulação do novo Código de
Direito Canônico que não mais condenava a Maçonaria explicitamente, muitos pensaram que a Igreja havia aceitado a mesma, no entanto a
Congregação para Doutrina da Fé tratou de esclarecer o mal entendido e afirmar que permanece a pena de excomunhão para quem se associa a maçonaria.
39
Protestantismo e Maçonaria
A Maçonaria Especulativa surgiu durante o período da reforma
protestante e é negada pela mesma até os dias de hoje sendo que a biblía
é a única regra de fé e conduta dos protestantes. Notadamente,
James Anderson, o autor da
Constituição de Anderson, era um pastor
presbiteriano.
40 41
Espiritismo e Maçonaria
Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecido pelo seu pseudônimo
Allan Kardec, teria sido iniciado na
Grande Loja Escocesa Maçônica de Paris.
42 Suas obras teriam, principalmente na parte inicial, introdutória, muitos termos do jargão maçônico e da doutrina maçônica.
43
Segundo alguns biógrafos,
44 depois de alguns anos de preparatórios, Hippolyte Rivail teria deixado por algum tempo o castelo de
Yverdon para estudar
medicina na faculdade de
Lyon. Vivia a
França o período da restauração dos
Bourbons, e então é agora em sua própria pátria, realista e católica, que ele se sentiria desambientado.
44 Lyon ofereceu em todos os tempos asilo às ideias liberais e as doutrinas heterodoxas.
44 Martinismo e Franco-Maçonaria,
Carbonarismo e São-Simonismo vicejam entre suas paredes.
44
O pseudônimo "
Allan Kardec",
segundo biografias, foi adotado pelo professor Rivail a fim de
diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos
anteriores. Segundo algumas fontes, o pseudônimo foi escolhido pois um
espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os
druidas, na
Gália, e que então o Codificador se chamava "
Allan Kardec".
45
Budismo, Hinduísmo e Maçonaria
Imagem que ilustra
Siddhartha Gautama passando suas palavras a seus seguidores, após ter atingido o
Nirvana, à sombra de uma figueira.
A Maçonaria, como escola iniciática, tem muitos pontos de contato com o
budismo.
46 Ela, da mesma maneira, pugna pelos bons costumes, pela
fraternidade e pela
tolerância,
respeitando, todavia, a
liberdade de
consciência do
homem, a qual não admite a imposição de
dogmas (apenas da lei natural, ou Darma). Embora com algumas ligeiras modificações, as
Quatro Nobres Verdades e os
Oito Nobres Caminhos podem ser interpretadas como presentes em toda a extensão da
doutrina maçônica,
que ensina, aos iniciados, o desapego às coisas materiais e efêmeras e a
busca da paz espiritual, através das boas obras, da vida regrada, do
procedimento correto e das palavras verdadeiras.
46
O conceito de
Grande Arquiteto do Universo,
como o entende a Maçonaria, não existe no budismo, pois, para este, não
existe começo nem fim, ou criacionismo. Hà contraste com o
hinduísmo e o
bramanismo (forma mais requintada do hinduísmo), que são as religiões mais antigas da
Índia,
ambas originárias da religião védica (baseada nos Vedas, seus livros
sagrados). Para o Rig Veda, o texto máximo do hinduísmo, existia, no
começo dos tempos, o mundo submerso na escuridão, imperceptível, sem
poder ser descoberto pelo raciocínio.
47
Para explicar a presença de budistas na Ordem maçônica, já que para
ser maçom, é condição essencial a crença num Ser Supremo Criador de
todos os mundos e para o budista, não existe um Deus criador.
47 É preciso entender que na realidade o conceito de G\A\D\U\ como entendemos na Maçonaria não existe no Budismo.
46 Para o qual não há princípio nem fim, ao contrário do
hinduísmo e do
bramanismo (
forma mais requintada do hinduísmo), que são as mais antigas religiões da
Índia e originárias da religião védica.
47
A maçonaria é considerada uma ordem iniciática teísta e algumas
correntes religiosas consideram o budismo como religião ateísta, porém;
os próprios budistas não se consideram ateístas pois os textos budistas
transcritos pelos seus mestres, discípulos e seguidores em nenhum
momento citam em seus textos e sutras a figura de Deus como nas
religiões cristãs. Portanto, os budistas podem ser chamados de
não-teístas e de uma forma geral ficando a critério de cada budista crer
ou não em um criador do universo na personificação de Deus como os
cristãos, fazendo com que os budistas possam se tornar maçons sem
nenhuma reserva. O budismo para os budistas atua mais como uma filosofia
de vida, pregando a prática de suas ações no dia a dia e é contraria
aos dogmas presentes nas demais religiões. No budismo, os seus
ensinamentos são voltados principalmente para o reconhecimento da
natureza da realidade como forma de libertar todos os seres da
insatisfatoriedade e do sofrimento, bem como de uma lei superior ou
força natural superior chamada de Dharma que rege o universo, lei da
causa e efeito.
Além disso, há, no budismo, um profundo respeito por todas as
criaturas vivas, fazendo com que os adeptos da doutrina considerem como
obrigação fundamental dos seres humanos, viverem em
paz,
harmonia e
fraternidade com seus semelhantes.
46 47
Maçonaria e sociedade
A maçonaria teve influência decisiva em grandes acontecimentos mundiais, tais como a
Revolução Francesa e a
Independência dos Estados Unidos.
Tem sido relevante, desde a Revolução Francesa em diante, a
participação da Maçonaria em levantes, sedições, revoluções e guerras
separatistas em muitos países da
Europa
e da América. No Brasil, deixou suas marcas, especialmente na
independência do Brasil do jugo da metrópole portuguesa e, entre outras,
a inconfidência mineira e na denominada "Revolução Farroupilha", no
extremo sul do país, tendo legado os símbolos maçônicos na bandeira do
Rio Grande do Sul, estado da Federação brasileira. Vários outros Estados
da Federação possuem símbolos maçônicos nas suas bandeiras, como Minas
Gerais, por exemplo.
A divulgação dos direitos do homem e da ideia de um
governo republicano
inspirou a Maçonaria no Brasil, em particular depois da Revolução
Francesa, quando os cidadãos derrubam a monarquia absolutista secular.
As ideias que fermentaram o movimento (século XVIII) havia levedado o
espírito dos colonos americanos, que emigraram para a América em busca
de liberdade religiosa e política. A Maçonaria é
caracteristicamente universalista
por ser uma sociedade que aceita a afiliação de todos os cidadãos que
se enquadrarem na qualificação "livres e de bons costumes", qualquer que
seja a sua
raça, a sua
nacionalidade, o seu credo, a sua tendência política ou filosófica, excetuados os adeptos do
comunismo teorético porque seus princípios filosóficos fundamentais negam ao homem o direito à liberdade individual da autodeterminação.
48 49
Potências e Lojas são autônomas somente em sentido administrativo,
Grão–Mestres e Mestres das Lojas não podem jamais se pronunciar em nome
da
Maçonaria Universal. No entanto se autorizados por suas
assembleias,
podem se pronunciar oficialmente sobre desenvolvimento dos seus
trabalhos, na escolha da forma e do direcionamento de suas atividades
sociais e
culturais.
48
Iluminismo
Voltaire, retratado por Nicolas de Largillière, 1718.
Iluminismo
é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais,
políticas,correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar
mesmo em diversos
micro-iluminismos, diferenciando especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de
Iluminismo tardio,
Iluminismo escocês e
Iluminismo católico.
50
O
Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação.
50
Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de
tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre
exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.
51
Devido a formação intelectual e a
autonomia que cada loja tem para pronunciar-se e decidir em assembleia conforme a deliberação de seus
associadas, não podemos falar em influência da
Maçonaria Universal sobre determinado aspecto, mas sim de uma ou grupos de lojas. Como aconteceu no
Brasil quando haviam lojas ou grupos de Lojas a favor da
República e outras lojas ou grupos de Lojas a favor de reinos constitucionais durante o
Segundo Império.
Essas posições, aparentemente divergentes atendem às aspirações da
liberdade maçônica porque ambos os mencionados sistemas políticos
limitam os poderes de seus governantes máximos, o presidente ou o rei.
49
Iluministas se filiaram às
Lojas Maçônicas49 como um lugar seguro e intelectualmente livre e neutro, apropriado para a discussão de suas ideias, principalmente no
século XVIII quando os ideais libertários ainda sofriam sérias restrições por parte dos governos absolutistas na
Europa continental.
49 e por isso certamente a Maçonaria teria contribuído para a difusão do
Iluminismo e que este por sua vez também possa ter contribuído para a difusão das lojas maçônicas.
49
O lema, ou o símbolo,
"Liberdade, Igualdade, Fraternidade" se constitui de um grupo de palavras que supostamente exprime as aspirações teóricas do povo maçônico
52 e que, se atingidas, levariam a um alto grau de aperfeiçoamento de toda a Maçonaria,
52 o que é evidentemente utópico, como a nosso ver o são todos os lemas.
52
A trilogia seria de origem revolucionaria e que se introduziu na
cultura maçônica através do Imperador Napoleão a partir do início do
período napoleônico.
52
Revoluções
Revolução Francesa
Revolução Francesa era o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre
5 de Maio de
1789 e
9 de Novembro de
1799, alteraram o quadro político e social da
França. Ela começa com a convocação dos
Estados Gerais e a Queda da Bastilha e se encerra com o golpe de estado do 18 Brumário de
Napoleão Bonaparte. Em causa estavam o
Antigo Regime (
Ancien Régime) e a autoridade do
clero e da
nobreza. Foi influenciada pelos ideais do
Iluminismo e da
Independência Americana (
1776). Está entre as maiores
revoluções da história da humanidade.
A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à
Idade Contemporânea. Aboliu a
servidão e os direitos
feudais e proclamou os
princípios universais de "
Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (
Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de
Jean-Jacques Rousseau.
Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas
do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura,
uma monarquia constitucional e dois impérios.
A França tomada pelo Antigo Regime era um grande edifício construído
por cinquenta gerações, por mais de quinhentos anos. As suas fundações
mais antigas e mais profundas eram obras da Igreja, estabelecidas
durante mil e trezentos anos.
Independência do Brasil
A Independência foi feita por muitos, nem todos eles eram maçons, mas
certamente a ordem maçônica contribuiu de maneira intensa e de forma
muito qualitativa para a formação do quadro daqueles que levaram a
contento este importante feito.
À frente do movimento, agindo de maneira enérgica e participativa,
achavam-se muitos Pedreiros Livres de primeira hora, são citados
frequentemente nos livros de história os nomes de José Clemente Pereira,
Cônego Januário da Cunha Barbosa, José Joaquim da Rocha, Padre Belchior
Pinheiro de Oliveira, Felisberto Caldeira Brant, o Bispo Silva Coutinho
Jacinto Furtado de Mendonça, Martim Francisco, Monsenhor Muniz Tavares,
Evaristo da Veiga dentre muitos outros.
No entanto, estes nomes mencionados não incluem os daqueles que foram
realmente os grandes arquitetos do Sete de Setembro. Estes são dois e
respondiam por
Joaquim Gonçalves Ledo e
José Bonifácio de Andrada e Silva.
Estes dois homens lideraram os maçons divergindo principalmente com
relação à forma como a Independência deveria ser conduzida. Havia, sem
sombra de dúvida, uma luta ideológica entre os grupos de José Bonifácio e
de Ledo. Enquanto o primeiro defendia a independência dentro de uma
união brasílico-lusa perfeitamente exequível o segundo pretendia o
rompimento total com a metrópole portuguesa, o que poderia tornar
difícil atransição para país independente. E essa luta não era limitada,
evidentemente, às paredes das lojas maçônicas, assumindo caráter
público e se estendendo, inclusive, através da imprensa.
Embora ambos os grupos sempre tenha trabalhado pelo objetivo
principal, a disputa entre eles persistiu por tão período longo que,
após a Independência, face aos conflitos, D. Pedro mandou, como Grão
Mestre e como imperador, que o Grande Oriente fosse fechado. Só em 1831 é
que a Maçonaria renasceria no país depois da abdicação de D. Pedro
através de dois grandes troncos: o Grande Oriente Brasileiro, que
desapareceria cerca de trinta anos depois e o Grande Oriente do Brasil.
Estrutura e objetivos
A
maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do país em que cada maçom vive e trabalha.
53 Os
princípios
Maçônicos não podem entrar em conflito com os deveres que como cidadãos
têm os Maçons. Na realidade estes princípios tendem a reforçar o
cumprimento de suas responsabilidades públicas e privadas.
53
Indumentária utilizada pelos franco-maçons em suas lojas.
Induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si mesmos, ao contrário de
ideologias que pretendem transformar a
sociedade,
com uma sincera esperança de que, o progresso individual contribuirá,
necessariamente, para a posterior melhora e progresso da
Humanidade.
53 54 E é por isso que os maçons jamais participarão de
conspirações contra o poder legítimo, escolhido pelos povos.
54
Para um maçom, as suas obrigações como
cidadão e pai de uma
família devem, necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação e, portanto, não dará nenhuma
protecção a quem agir desonestamente ou contra os princípios morais e legais da
sociedade.
53 54
Em função disso, os objectivos perseguidos pela
maçonaria são:
A maçonaria universal utiliza o sistema de
graus para transmitir os seus ensinamentos, cujo acesso é obtido por meio de uma
Iniciação a cada grau e os ensinamentos são transmitidos através de representações e
símbolos.
55
Obediências maçônicas
A
Maçonaria Simbólica, aquela que reúne os três graus da Maçonaria antiga, tradicional e legítima, se divide em
Obediências Maçônicas designadas de
Grande Loja,
Grande Oriente ou Ordem, que são unidades administrativas diferentes, que agrupam diversas Lojas, mas que propagam os mesmos ideais.
56
Além da
Maçonaria Simbólica,
e conforme o Rito praticado (sistema de práticas e normas que englobam
os Rituais adotados nas Lojas Simbólicas e acrescentam ainda graus para
estudos filosóficos), existem os
Altos Graus,
55 que se subordinam a outras entidades, assim são por exemplo, os
Altos Graus do
Rito Escocês Antigo e Aceito 55 estão sob a égide tutelar de um
Supremo Conselho,
geralmente um por país, sendo comum que os Supremos Conselhos mantenham
relações de reconhecimento entre si, bem como celebrem tratados com os
corpos da Maçonaria Simbólica, mas limitando-se apenas a administrar os
seus ditos graus "superiores", que no caso do R.E.A.A. compreende os
graus 4º ao 33º, sendo que o conteúdo de muitos destes graus não possuem
qualquer ligação direta com a Lenda tradicional que fundamenta a
Maçonaria Universal no mundo (ver
Landmarks de A. G.
Mackey).
No mundo
Implantação da maçonaria no mundo.
57
Desde a sua criação, a Maçonaria viu o paradoxo de lançar uma
pesquisa para o universalismo, enquanto existentes em maneiras muito
diferentes e em diferentes épocas e países. Em 2005, a maçonaria tinham
entre 2 e 4 milhões de membros em todo o mundo
58 contra os 7 milhões em
1950.
Esta redução de efectivos, foi principalmente na maçonaria
Anglo-Americana, cujo número quase dobrou nos dez anos seguintes à
Segunda Guerra Mundial e, em seguida, diminuíram gradualmente com mais
de 60% sobre os próximos cinquenta anos.
59 Na Europa continental, os números diminuíram significativamente após a
Ocupação e não tinha conhecido um aumento semelhante nos
anos 1950. Eles são atualmente um pouco mais elevados.
Na maioria dos países da América Latina, predomina a maçonaria
dogmática. É tão presente na Europa (que é a essência da maçonaria
europeia) e na América Latina. No Canadá, é bastante marginalizada e é
quase inexistente nos Estados Unidos, onde as lojas são pouco "liberais"
(no estilo europeu), onde são frequentado, na sua maioria, por
residentes e visitantes.
Todo o resto do mundo, a tendência é seguir o "
mainstream" das Lojas Anglo-Americanas.
Em alguns países, porém, os dois movimentos existem lado a lado ou em
um relacionamento amigável de compreensão mútua (especialmente em
certas regiões onde a maçonaria de todas as tendências, tem sido
particularmente perseguido), ou com relações mais tensas.
No Brasil
Sede do
Grande Oriente do Brasil em
Brasília, DF
Apesar da maçonaria estar presente no Brasil desde a Inconfidência
Mineira no final do século XVIII, a primeira loja maçônica brasileira
surgiu filiada ao Grande Oriente da França, sendo instalada em 1801 no
contexto da Conjuração Baiana. A partir de 1809 foram fundadas várias
lojas no Rio de Janeiro e Pernambuco e em 1813 foi criado o primeiro
Grande Oriente Brasileiro sob a direção de Antonio Carlos Ribeiro de
Andrada e Silva.
[19]</ref>.
Em Portugal
Regularidade maçônica
São os regulamentos consagrados na
Constituição de Anderson,
considerados o fundamento e pilar da maçonaria moderna que obrigam à
crença em Deus. Consequentemente, o não cumprimento deste critério fica
desde logo designada a actividade maçônica como
irregular.
Para ser membro da maçonaria não basta a autoproclamação, por isso é
necessário um convite formal e é obrigatório que o indivíduo seja
iniciado
por outros maçons. Mantém o seu estatuto desde que cumpra com os seus
juramentos e obrigações, sejam elas esotéricas ou simbólicas, e esteja
integrado numa Loja,
regular, numa
Grande Loja ou num
Grande Oriente, devidamente consagrados, segundo as terminologias tradicionais, ditadas pelos
Landmarks da Constituição de Anderson
60
Na Maçonaria regular é exigida para que seus membros professem uma
religião ou apenas crêem em um ser supremo, chamado pelos maçons de
Grande Arquiteto do Universo, título dado a
Deus.
Que está para além de qualquer credo religioso, respeitando toda a sua
pluraridade. A crença num ser supremo é ponto indiscutível nos
landmarks, para que se possa ser iniciado na maçonaria, uma realidade
filosófica mas não um ponto
doutrinal.
Mulheres e Maçonaria
O tema das
mulheres e a
Maçonaria, é complexo e sem uma explicação fácil. Tradicionalmente, só os homens podem ser maçons através da Maçonaria Regular.
61
Há evidências, embora o fenômeno fosse raro, que algumas mulheres
tomassem o controle de acesso em várias corporações, antes do surgimento
da Maçonaria especulativa. Alguns dos estatutos de idade (idade de
referência) mostram, por exemplo, o comércio do livro de Paris (1268),
os estatutos da
Guilda dos Carpinteiros em Norwich (1375), ou os estatutos das Lojas de York (1693).
62 Na França, o
cavaleiro de Ramsay, em seu famoso discurso maçônico de
1736,
63 contém a mesma proibição, mas é menos uma questão de princípio do que a defesa da "pureza de nossos costumes":
Obediências maçônicas consideradas "irregulares"
Existem também
Obediências Maçônicas que não seguem a directiva adoptada pela
Constituição de Anderson
e os princípios que orientam a Maçonaria Regular, optando por não
querer obter o reconhecimento internacional da Grande Loja Unida da
Inglaterra, ou por não se enquadrarem no espírito dos mesmos, ou por
terem outros critérios maçônicos de reconhecimento.
Esta "irregularidade" não significa de todo que estas Obediências não
desempenhem um sério trabalho de filantropia, de engrandecimento do ser
humano, e da própria sociedade em que se inserem. As mesmas inserem-se
nas seguintes Organizações inter-maçônicas:
Ritos maçônicos
A maçonaria é composta por
Graus Simbólicos e Filosóficos, variando o seu nome e o âmbito de Rito para Rito.
55 A maçonaria simbólica compreende o seguintes três graus
55 obrigatórios, previstos nos
landmarks da Ordem:
Aprendiz;
Companheiro e
Mestre. O trabalho realizado nos graus ditos "superiores" ou filosóficos é optativo e de caráter filosófico.
55
Os ritos compostos por procedimentos ritualísticos, são métodos
utilizados para transmitir os ensinamentos e organizar as cerimônias
maçônicas.
55
Cada rito tem suas características particulares, assemelhando-se ou
divergindo do outro em aspectos gerais, em detalhes, mas convergindo em
pelo menos um ponto comum: a
regularidade maçônica, isto é, o reconhecimento internacional amparado pela
Constituição de Anderson64
No mundo, já existiram mais de duzentos ritos, e pouco mais de cinquenta são praticados actualmente.
72 Os mais utilizados são o
Rito de York, o
Rito de Emulação, o
Rito Escocês Antigo e Aceito e o
Rito Moderno (também chamado de
Rito Francês ou Moderno na
Europa). Juntos, estes três ritos detém como seus praticantes mais de 99% dos maçons especulativos.
72
Loja Maçônica
Na maior parte do mundo, os maçons juntam-se, formando
lojas maçônicas (português brasileiro) ou
maçónicas (português europeu)
de modo a trabalhar nos graus simbólicos da Maçonaria. As Lojas não são
os edifícios onde se reúnem, mas a própria organização; podem também
ser cedidas pelos maçons a ordens patrocinadas pela Maçonaria, como a
Ordem DeMolay e a Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda.
As diversas maçonarias nacionais estão divididas por "oficinas" que podem ser constituídas por
lojas (com mais de seis "maçons perfeitos") ou
triângulos maçônicos (pelo menos até seis maçons) ou ainda, no
Rito Escocês Antigo e Aceito, com no mínimo sete maçons, dos quais três mestres maçons.
Cada
loja maçônica é composta pelo
Cargos de uma loja maçônica |
Venerável Mestre, |
que preside e orienta as sessões. |
Segundo Vigilante, |
que auxilia nos trabalhos, trata da organização em geral e instrui os aprendizes. |
Primeiro Vigilante, |
que auxilia nos trabalhos e instrui os companheiros. |
Orador, |
que sumariza os trabalhos e apresenta conclusões antes das votações e
garante o fiel cumprimento da legislação maçônica. Equivale a um
representante do Ministério Público, dentro da Loja; Pode se dizer em
suma que é o guardião das leis maçônicas. |
Secretário, |
que redige as actas e trata da sua conservação e é responsável pelas
relações administrativas entre a loja e a obediência e junto com o '
'Venerável Mestre. |
Experto, |
responsável pelas cerimônias de iniciação, em alguns ritos e
obediências este é responsável por toda a condução das cerimônias
maçônicas e é ajudado pelo Mestre de Cerimônias |
Mestre de Cerimônias, |
responsável por toda a condução das cerimônias maçônicas, introduz
os irmãos na loja, conduz aos seus lugares os visitantes, e ajuda o Experto nas cerimônias de iniciação, |
Tesoureiro, |
que recebe as quotizações e outros fundos da loja e vela pela sua organização financeira. |
Guarda do Templo |
(que alguns Ritos e lojas é só externo noutros é externo e interno e
ainda noutros ambos são ocupados por irmãos diferentes) e que vela pela
entrada do Templo são outros oficiais igualmente importantes. |
Os cargos do
Venerável Mestre ao
Segundo Vigilante são chamados
as luzes da oficina, os demais cargos são chamados de
oficiais.
Templo Maçônico
Um
Templo Maçónico é um lugar onde se reúnem os Franco-Maçons,
a fim de celebrar os seus rituais, no âmbito do que eles chamam de
"comportamentos". A sua concepção, disposição e a sua decoração,
obedecem à regras simbólicas precisas, que podem variar mais ou menos de
acordo com os ritos e
graus maçônicos. Muitas vezes, é bastante extensa a referência feita ao Templo de Salomão, como descreve o primeiro livro de Reis, na
Bíblia (Capítulo 5-6-7) e o
II Crônicas - ( no
Livro de Crónicas) (Capítulo 3 e 4).
73
A decoração do templo também é codificada. Uma parte é fixa, mas
alguns elementos o mudam, dependendo de quem ocupava o lugar, o seu
ritual e seu grau maçônico. Uma corda a nós, o ramalhete serrilhada, ao
redor do templo abaixo do limite ao das longas paredes do lado leste, o
norte e o sul. Ela simboliza a união da cadeia..
74 Pelo leste, e na parede, por detrás da plataforma do Venerável, se encontra representado por um
triângulo isósceles chamado
delta luminoso Sol e uma Lua, chamado
luminárias.
Segundo grau maçônico, situada na parte ocidental, a parede no lado
norte da porta, se encontra uma estrela brilhante de cinco estrelas
nomeado
flamboyante em forma de ramos. Este é um
pentagrama.
Em níveis mais elevados, cortinas pretas ou vermelhas, e raramente,
outras cores mais, podem ser colocadas nas paredes. Ao mudar a partir do
posto de
companheiro para o
Mestre, o Templo se torna sala ambiente ou
Hekhal, para os Maçons do terceiro grau, onde, de acordo com o mito de
Hiram Abiff,
onde os Mestres receberam o seu salário. Segundo a tradição maçônica, o
acesso a este "espaço", se dá por uma escada em forma de parafuso, por
três séries sucessivas, respetivamente 3, 5 e 7 etapas. Na Bíblia, o
Hekhal, ocupa uma posição intermediária entre o
pórtico e a do
santo dos santos.
75
Ver também
Referências
- Maçonaria, que é também conhecida como Franco-maçonaria
- [1]
- Dentro da realidade atual entretanto, a instituição não poderá ser considerada senão como sendo uma sociedade discreta.[2]
- Loja São Paulo - Conheça a Maçonaria
- Dicionário Priberam da Língua Portuguesa - Significado de maçonaria. Priberam. Página visitada em 5 de maio de 2010.
- Maçonaria. dicionário online de português. Página visitada em 5 de maio de 2010.
- O ensinamento
que capacita homens de diversas crenças religiosas a se reunirem e
permanecerem juntos em uma sociedade fraternal. [3]
- Dicionário da Maçonaria de Joaquim Gervásio de Figueiredo,verbete Franco-maçonaria
- Grande Loja Maçônica da Paraíba
- como entende André Chedel, citado por Vanildo Senna em "Fundamentos Jurídicos da Maçonaria Especulativa [4]"
- Academia superior - Organizaçaõ Maçonica
- Erro de citação: Tag
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas espe4
- [5]
- Site da Grande Loja de São Paulo - História sobre os primórdios da maçonaria [6]
- COSTA, Frederico Guilherme. "Maçonaria na Universidade-2". Londrina: "A TROLHA", 1996.
- HUTIN, Serge. "Les Francs-Maçons". Paris: Éditions du Seuil, 1976.
- PETERS, Ambrósio. "O Manuscrito Régio e o Livro das Constituições". Londrina: "A TROLHA", 1997.
- VAROLI FILHO, Theobaldo. "Curso de Maçonaria Simbólica". 1º Tomo (Aprendiz). São Paulo: "A Gazeta Maçônica", 1976.
- A
maçonaria Antiga (Operativa), era uma associação de profissionais que se
reuniam basicamente, com dois propósitos: Intercâmbios/aprimoramento
dos conhecimentos técnicos e assistência/proteção mútua.[7]
- O mais
antigo documento que se conhece da chamada Maçonaria Antiga, ou
Operativa, ou de Ofício é o Poema Régio, que é de 1390, portanto, século
XIV. Tudo o que se disser anterior a essa data não passa de
pressuposição.[8]
- Com o desenvolvimento das construções promovidas pela Igreja Católica,
viu-se a necessidade do deslocamento (antes proibido) dos artífices, de
um feudo para outro. A Igreja usou seu poder, obrigando os Reis a
permitirem que os pedreiros (mason) mais qualificados, se deslocassem
pelo continente, tornando-os "franc-mason".[9]
- Maçonaria Ortodoxa, Editora Madras
- a Itália
dividiu-se em Feudos, dando origem ao Feudalismo, que se espalhou por
toda a Europa. Dividida em muitos Feudos, a Itália era, então, dominada
por diversos senhores feudais, que tinham autonomia total sobre seus
súditos.[10]
- As origens da maçonaria especulativa
- Para Patrick
Négrier trata-se de um reflexo da crise europeia do fim do séc. XIV e
início do séc. XV ligada à Guerra dos Cem Anos e à Peste Negra, a qual
teria provocado o fechamento dos grandes canteiros de obras de catedrais
e o desemprego de muitos trabalhadores do setor [11]
- A
fundação da Grande Loja de Londres, determina, portanto, o fim da
Maçonaria Operativa e marca o início do terceiro período da história da
maçonaria, a Maçonaria Especulativa ou Maçonaria dos Aceitos ou, ainda,
como disse Nicola Aslan, "da Maçonaria em seu aspecto atual de
associação civil, filosófica e humanitária".[12]
- Judaica -A maçonaria é uma universidade de crescimento permanente
- Maçonaria brasileira - A Falsa Conspiração do Judaísmo e da Maçonaria
- Erro de citação: Tag
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas judeumaconaria
- monografias maçônicas - Maçonaria e Judaísmo
- Hittler e a Maçonaria
- Grande Loja Nacional Portuguesa - Maçonaria e Hittler
- (Fonte: Livro dos Dias - 1999)
- [13]
- Como Tudo Funciona
- Orlando Fedeli. João XXIII, Paulo VI e a maçonaria - MONTFORT. Associação Cultural Montfort. Página visitada em 6 de maio de 2010.
- Vitor Amorim de Angelo. Igreja e Estado entram em conflito. UOL Educação. Página visitada em 6 de maio de 2010.
- Pedro Paulo Filho (14 de dezembro de 2006). A Questão Religiosa. Grandes Advogados, Grandes Julgamentos. Departamento Editorial da OAB-SP. Página visitada em 6 de maio de 2010.
- Site o Vaticano - Congregação para a doutrina da fé. Declaração sobre a maçonaria. [14] of Quaestum Est
- Abel Tolentino de O. Junior. Constituição de Anderson. Loja Maçônica Luz no Horizonte. Página visitada em 6 de maio de 2010.
- freemasons - freemasonry -As origens da Maçoanria
- Cronologia maçônica -
- Portal do Espírito - Allan Kardec Maçom ?
- HEMMERT,Danielle.ROUDENE Alex.História da magia, do ocultismo e das sociedades secretas" tomo VII: No século de Allan Kardec
- Esboço biográfico e curiosidades
- Budismo e Hinduísmo há incompátibilidade?
- Erro de citação: Tag
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas castellani1
- PETERS, Ambrósio. Loja "Os Templários" – GOB/Paraná – Curitiba – PR
- PETERS, Ambrósio. Loja "Os Templários" – GOB/Paraná – Curitiba – PR
- Review of FreeMassonary - O Iluminismo Francês
- Reill, Peter Hanns
(2004) "Introduction". In: Encyclopedia of the Enlightenment. Editada
por Peter Reill and Ellen Wilson. New York: Facts on File, pp. x-xi ISBN 0-8160-5335-9
- Portal Maçônico - Liberdade, Igualdade e Fraternidade
- A maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do pais em que cada maçom vive e trabalha [15]
- Os princípios Maçônicos não podem entrar em conflito com os deveres que como cidadãos têm os Maçons. [16]
- Os 33 Graus da Maçonaria
- a
Maçonaria Simbólica compõe-se de três Graus universalmente reconhecidos e
adotados desde seus primórdios em tempos imemoriais: Aprendiz,
Companheiro e Mestre.[17]
- Segundo o « Les francs-maçons », dans L'Histoire, vol. 256, 2001 ISSN 01822411 fontes da fr-wp
- 4 milhões em 2007, de acordo com o jornalista e filósofo Francis De Smet no DVD "A Peça Escocesa" fontes da fr-wp
- Masonic Service Association of North America (em inglês) fontes da fr-wp
- Maconaria.net - A questão dos Landmarks. Artigo sobre a regularidade maçônica.[18]
- Anderson, James. In: Paul Royster. The Constitutions of the Free-Masons. Philadelphia ed. Philadelphia, Pennsylvania: Benjamin Franklin, 1734. p. 49. Página visitada em 2009-02-12.
- Paul Naudon, Histoire générale de la franc-maçonnerie, Editora: Presses universitaires de France, 1981, Pág. 225, ISBN 2-13-037281-3
- Este discurso está disponível na íntegra na Wikisource Francesa
- MINGARDI, Cezar Alberto. Sois maçom? Pág 45. São Paulo. Madras Editora. ISBN 978-85-370-0400-5
- Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República do Brasil
- Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito
- Supremo Conclave do Brasil - Rito Brasileiro para Maçons Antigos, Livres & Aceitos
- Supremo Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil
- Grande Conselho de Maçons Crípticos do Brasil
- Grande Conselho Kadosh Filosófico do Rito Moderno para o Estado do Rio de Janeiro
- Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita
- Algumas palavras sobre maçonaria
- Encyclopédie de la franc-maçonnerie, fr:Le livre de poche, article "Temple", p.850
- Encyclopédie de la franc-maçonnerie, fr:Le livre de poche, article "Chaîne d'union", p.134
- Encyclopédie de la franc-maçonnerie, fr:Le livre de poche, article "Chambre du milieu", p.134-135
Bibliografia
Geral
- BOUCHER, Jules. La Symbolique maçonnique, Editeur Dervy, 1990, ISBN 2-85076-510-4;
- BESOUCHET, Lídia. José Maria Paranhos: Visconde do Rio Branco:
ensaio histórico-biográfico/ Tradução de Vera Mourão - Rio de
Janeiro:Nova Fronteira;[Brasília]: INL, 1985;
- COLUSSI, Eliane Lúcia. A maçonaria brasileira no Século XIX. São Paulo:Saraiva, 2002. - (Que historia é esta?), ISBN 85-02-03816-8.
- PIGEARD, Alain e outros. Os Franco-Mações, 2003 (1.ª Ed.), Editora Pregaminho, ISBN 972-711-429-6 (Traduzido da edição original: Les Francs-Maçons, Éditions Tallandier, Paris, 1998).
- COSTA, Frederico Guilherme. "Maçonaria na Universidade-2". Londrina: "A TROLHA", 1996.
- HUTIN, Serge. "Les Francs-Maçons". Paris: Éditions du Seuil, 1976.
- PALOU, Jean. "A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática". trad. do Francês. São Paulo: Pensamento, s/d.
- PETERS, Ambrósio. "O Manuscrito Régio e o Livro das Constituições". Londrina: "A TROLHA", 1997.
- RIPA MONTESANO, Domenico Vittorio. "Vademecum di Loggia", Edizione Gran Loggia Phoenix – Roma Italia 2009 ISBN 978-88-905059-0-4
- VAROLI FILHO, Theobaldo. "Curso de Maçonaria Simbólica". 1º Tomo (Aprendiz). São Paulo: "A Gazeta Maçônica", 1976.
Em Portugal
- ARNAUT, António. Introdução à Maçonaria. Coimbra: Coimbra Editora, 2000. ISBN 978-972-32-1416-1
- CARVALHO, António Carlos. Para a história da maçonaria em Portugal (1913-1935): alguns subsídios recolhidos por António Carlos Carvalho. Lisboa: Editorial Veja, 1976.
- DIAS, Graça Silva; DIAS, J. S. da Silva. Os primórdios da maçonaria em Portugal. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica, 1980, 2 volumes, 4 tomos.
- MARQUES, A. H. de Oliveira. A maçonaria em Portugal. Lisboa: Gradiva, 1998. ISBN 978-972-662-644-2
- MARQUES, A. H. de Oliveira. Dicionário de maçonaria portuguesa. Lisboa: Editorial Delta, 2 vols., 1986.
- MARQUES, A. H. de Oliveira (apresentação, introdução e anotações). Figurinos maçônicos oitocentistas: um «guia» de 1841-42. Lisboa: Editorial Estampa, 1983.
- MARQUES, A. H. de Oliveira; História da maçonaria em Portugal:
- MATOS, Jorge de. O pensamento maçônico de Fernando Pessoa. Lisboa: Hugin, 2.ª ed., 1977. Prefácio de José Manuel Anes. ISBN 978-972-8310-28-8
- REIS, A. do Carmo – Maçonaria. In Dicionário de História Religiosa de Portugal. Lisboa: Círculo de Leitores, 2001. 3.º vol. (J-P), p. 163-168. ISBN 978-972-42-2416-9
- SILVA
DIAS, Maria da Graça, Anglismo na Maçonaria em Portugal no limiar do
século XIX, Análise Social, vol .XVI (61-62), 1980-1.º-2.º, 399-405
Ligações externas
===