terça-feira, 7 de agosto de 2012

Ex-coroinha mata namorada a facadas e liga para se entregar

Ex-coroinha liga para a polícia após matar namorada a facadas
Chico Siqueira
Direto de Araçatuba
Uma ex-coroinha da Igreja Católica foi presa em flagrante após ligar para a Polícia Militar e confessar ter matado sua namorada a facadas, em Bilac, interior de São Paulo. O áudio da conversa com o atendente do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) foi divulgado nesta segunda-feira.
Saturnina Silva Souza, 19 anos, foi detida no domingo, após ligar para o Copom dizendo ter matado sua namorada, Francieli Cristina Alves, 22 anos. Além de fornecer o endereço da casa onde estava o corpo, a ex-coroinha ficou no local esperando a chegada da Polícia Militar. A casa era a mesma onde as duas moravam, no centro de Bilac. "Eu briguei com a minha namorada e acabei matando", contou a jovem no telefonema.
De acordo com a PM, Francieli teria levado entre sete e dez facadas no peito e na barriga. Saturnina também possuía ferimentos, possivelmente provocados pela tentativa de defesa feita pela vítima. À polícia, a agressora não quis revelar o motivo do crime, mas a suspeita é de que ele tenha sido motivado por ciúmes. Peritos examinaram o local e o laudo deve ser divulgado em 30 dias.
"Não é todo dia que uma pessoa comete um crime e liga para se entregar. Isso é inusitado", disse o tenente-coronel Wilson Carlos Braz, comandante do Comando de Policiamento do Interior-10 (CPI-10), responsável pela região. Segundo Braz, em mais de 20 anos de profissão, nunca tinha presenciado situação semelhante.
De acordo com o PM, Saturnina ligou assim que matou a namorada, pois estava muito nervosa, com a voz embargada e respiração ofegante. Na conversa, o atendente da polícia ainda tentou acalmá-la, chamando atenção para o fato que de a vítima ainda pudesse estar viva, mas Saturnina estava certa de que a namorada estava morta. "Morreu já (...) Certeza. Pode vir aqui", declarou.
O delegado Alessander Lopes, de Bilac, disse que Francieli vestia apenas uma calcinha quando foi encontrada morta, dentro da cozinha da casa. Segundo ele, Saturnina afirmou que não se lembrava de nada e se mostrou muita fria durante depoimento. Autuada em flagrante por homicídio, ela foi encaminhada à cadeia feminina de General Salgado e pode cumprir de 12 a 30 anos de prisão.

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