Secretária de Estado norte-americana pediu ainda o fim da bitributação.
Hillary fica no país até esta terça (17), quando se encontra com Dilma.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton
(esq.), encontra a presidente da Petrobras, Graça
Foster (Foto: Reuters)
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, defendeu um acordo de livre comércio entre Brasil e Estados Unidos e o fim da bitributação nas transações entre os dois países.(esq.), encontra a presidente da Petrobras, Graça
Foster (Foto: Reuters)
Ela participou nesta segunda (16) de um encontro com empresários dos dois países na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Foi o primeiro compromisso da visita de dois dias da secretária ao Brasil.
"É claro que a nossa relação implica maior crescimento, mas precisamos resolver alguns problemas, como eliminar a bitributação e considerar um acordo de livre comércio", disse Hillary. Ela citou as parcerias entre os dois países nas áreas de inovação tecnológica e comércio exterior.
Um acordo de livre comércio entre os Estados Unidos e a Colômbia passa a vigorar no dia 15 de maio, informou neste domingo (15) o representante de Comércio do governo norte-americano, Ron Kirk. O principal ponto do acordo é a redução de encargos de bens importados dos EUA nas áreas de agricultura e manufaturados. A Colômbia já tem um acordo de livre comércio com os Estados Unidos sobre outros bens e serviços.
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A empresários brasileiros e norte-americanos, Hillary disse ter se encontrado com a presidente da Petrobras, Maria da Graça Foster, e elogiou o fato de o Brasil contar com lideranças femininas, citando a presidente Dilma Rousseff.Hillary disse que o petróleo permitirá ao Brasil um "futuro fabuloso", e lembrou da relevância do trabalho coletivo para a inovação tecnológica. Ela também citou os esforços para facilitar a emissão de vistos e o aumento no número de voos diretos entre os dois países.
O presidente da CNI, Robson de Andrade, disse por pelo menos duas vezes a necessidade de um esforço conjunto para reduzir questões relacionadas à tributação no comércio entre os dois países, inclusive reforçando a prioridade de um acordo que acabe com a bitributação.
Negócios e transparência
A reunião com empresários faz parte de uma extensa agenda da secretária no Brasil, que começou esta segunda e prossegue na terça-feira. O encontro foi promovido pela entidade e pela Câmara Americana de Comércio (AMCHAM). Na pauta, os acordos comerciais realizados no encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o chefe de Estado americano Barack Obama na última semana.
Hillary estava acompanhada do ministro norte-americano do Interior, Ken Salazar, que conversou mais cedo com empresários sobre o setor de turismo. Integrante da delegação, o ministro conselheiro da embaixada americana em Brasília, Todd Chapman, disse que a isenção de vistos para a entrada de brasileiros nos EUA "vai levar muito tempo, muita conversa e muitos acordos".
Após o encontro, a secretária participa da 3ª Reunião do Diálogo de Parceria Global Brasil-EUA com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Na prática, o encontro servirá para aprofundar os acordos firmados entre ambos países durante a vinda de Obama ao Brasil, em março de 2011, e da visita recente de Dilma a Washington.
Os assuntos discutidos, segundo informou a embaixada norte-americana, irão desde educação à política global e questões econômicas. "O diálogo representa um foro para transformar os acordos em ações concretas", segundo a embaixada.
Após o encontro, haverá uma declaração à imprensa, às 18h45, no Palácio do Itamaraty. À noite, Patriota oferecerá um jantar à secretária americana.
Na terça, a secretária participa de evento com a presidente Dilma Rousseff em uma iniciativa conjunta dos dois governos sobre a corrupção e transparência dos dados públicos. Depois, ela parte para a Bélgica, onde se reúne com representantes dos países da Otan.
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