segunda-feira, 16 de abril de 2012

Hillary Clinton defende acordo de livre comércio entre Brasil e EUA

Secretária de Estado norte-americana pediu ainda o fim da bitributação.
Hillary fica no país até esta terça (17), quando se encontra com Dilma.

Marcelo Parreira Do G1, em Brasília
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton (esq.), encontra a presidente da Petrobras, Graça Foster (Foto: Reuters)A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton
(esq.), encontra a presidente da Petrobras, Graça
Foster (Foto: Reuters)
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, defendeu um acordo de livre comércio entre Brasil e Estados Unidos e o fim da bitributação nas transações entre os dois países.
Ela participou nesta segunda (16) de um encontro com empresários dos dois países na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Foi o primeiro compromisso da visita de dois dias da secretária ao Brasil.
"É claro que a nossa relação implica maior crescimento, mas precisamos resolver alguns problemas, como eliminar a bitributação e considerar um acordo de livre comércio", disse Hillary. Ela citou as parcerias entre os dois países nas áreas de inovação tecnológica e comércio exterior.
Um acordo de livre comércio entre os Estados Unidos e a Colômbia passa a vigorar no dia 15 de maio, informou neste domingo (15) o representante de Comércio do governo norte-americano, Ron Kirk. O principal ponto do acordo é a redução de encargos de bens importados dos EUA nas áreas de agricultura e manufaturados. A Colômbia já tem um acordo de livre comércio com os Estados Unidos sobre outros bens e serviços.
A empresários brasileiros e norte-americanos, Hillary disse ter se encontrado com a presidente da Petrobras, Maria da Graça Foster, e elogiou o fato de o Brasil contar com lideranças femininas, citando a presidente Dilma Rousseff.
Hillary disse que o petróleo permitirá ao Brasil um "futuro fabuloso", e lembrou da relevância do trabalho coletivo para a inovação tecnológica. Ela também citou os esforços para facilitar a emissão de vistos e o aumento no número de voos diretos entre os dois países.
O presidente da CNI, Robson de Andrade, disse por pelo menos duas vezes a necessidade de um esforço conjunto para reduzir questões relacionadas à tributação no comércio entre os dois países, inclusive reforçando a prioridade de um acordo que acabe com a bitributação.
"A facilitação do fluxo de pessoas a negócio ou a turismo, o incremento do comércio, o crescimento dos investimentos e um tratamento tributário mais equânime [...] merecem nosso apoio", disse Andrade.
Negócios e transparência
A reunião com empresários faz parte de uma extensa agenda da secretária no Brasil, que começou esta segunda e prossegue na terça-feira. O encontro foi promovido pela entidade e pela Câmara Americana de Comércio (AMCHAM). Na pauta, os acordos comerciais realizados no encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o chefe de Estado americano Barack Obama na última semana.
Hillary estava acompanhada do ministro norte-americano do Interior, Ken Salazar, que conversou mais cedo com empresários sobre o setor de turismo. Integrante da delegação, o ministro conselheiro da embaixada americana em Brasília, Todd Chapman, disse que a isenção de vistos para a entrada de brasileiros nos EUA "vai levar muito tempo, muita conversa e muitos acordos".
Após o encontro, a secretária participa da 3ª Reunião do Diálogo de Parceria Global Brasil-EUA com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Na prática, o encontro servirá para aprofundar os acordos firmados entre ambos países durante a vinda de Obama ao Brasil, em março de 2011, e da visita recente de Dilma a Washington.
Os assuntos discutidos, segundo informou a embaixada norte-americana, irão desde educação à política global e questões econômicas. "O diálogo representa um foro para transformar os acordos em ações concretas", segundo a embaixada.
Após o encontro, haverá uma declaração à imprensa, às 18h45, no Palácio do Itamaraty. À noite, Patriota oferecerá um jantar à secretária americana.
Na terça, a secretária participa de evento com a presidente Dilma Rousseff em uma iniciativa conjunta dos dois governos sobre a corrupção e transparência dos dados públicos. Depois, ela parte para a Bélgica, onde se reúne com representantes dos países da Otan.
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